sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Sonho azul

Então o que houve com aquele sonho azul?
Esbarrou nas próprias margens e desmanchou feito pedra de areia?
Antes cercado de auroras, agora
esta secura de velhas raízes...
O cansaço nas pernas e asas,
as manhãs sem revoar borboletas.
Um olhar distorcido de tempo
atropelado na ausência de cabimento.
Partiu pra sempre nosso azul
em vôo ressentido?
Esse pássaro efêmero silenciado
ao cimento de palavras.






imagem: Henri Matisse. The Blue Window. 1912

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